Acho que nunca tinha pensado que haveria, um dia destes, de ter necessidade de escrever sobre uma fase da minha vida. O que é certo é que hoje me deu para escrever sobre tudo aquilo ao qual tenho passado nestes últimos dias (sem vos dar notícias, eu sei!).
Tudo aconteceu quando um dia me cansei de estar em casa e corri atrás de um emprego. Precário, sem meios de criar expectativas de um futuro promissor, mas era um emprego, O Meu Emprego. Queria ser independente. Queria ter as minhas poupanças, queria ser eu a cuidar da minha vida. E assim fiz.
Quando disse o "sim" ao emprego, foi quase tão bom como quem diz sim a um doce. Acontece é que este sabor é bem mais amargo. Sou operadora de call center, sujeita a ataques telefónicos constantes, a aguentar a que a minha mãe seja ofendida, a que a minha avó seja ofendida, a que o meu cão seja ofendido.
Lembro-me da primeira reclamação que tive de gerir (e digerir). A pessoa foi do mais desagradável, do mais desadequado e preverso possível. Descontente com tudo e todos, ofendeu-me como se me conhecesse desde sempre. Desde esse dia, aprendi a valorizar o meu trabalho (que já é mau!), aprendi a maquilhar-me daquilo que eu sou verdadeiramente sou (eu!). Aprendi a gerir as minhas emoções, os meus impulsos.
Sou diferente. Eu sou mais eu.
Eu não sou estágios, eu não sou governos corruptos, eu não sou culpada do descontentamento das pessoas que ligam para a tal linha de apoio ao cliente. Eu sou mais. E melhor. E profissional. E apaixonada.
Muitos beijinhos. 😘
Tudo aconteceu quando um dia me cansei de estar em casa e corri atrás de um emprego. Precário, sem meios de criar expectativas de um futuro promissor, mas era um emprego, O Meu Emprego. Queria ser independente. Queria ter as minhas poupanças, queria ser eu a cuidar da minha vida. E assim fiz.
Quando disse o "sim" ao emprego, foi quase tão bom como quem diz sim a um doce. Acontece é que este sabor é bem mais amargo. Sou operadora de call center, sujeita a ataques telefónicos constantes, a aguentar a que a minha mãe seja ofendida, a que a minha avó seja ofendida, a que o meu cão seja ofendido.
Lembro-me da primeira reclamação que tive de gerir (e digerir). A pessoa foi do mais desagradável, do mais desadequado e preverso possível. Descontente com tudo e todos, ofendeu-me como se me conhecesse desde sempre. Desde esse dia, aprendi a valorizar o meu trabalho (que já é mau!), aprendi a maquilhar-me daquilo que eu sou verdadeiramente sou (eu!). Aprendi a gerir as minhas emoções, os meus impulsos.
Sou diferente. Eu sou mais eu.
Eu não sou estágios, eu não sou governos corruptos, eu não sou culpada do descontentamento das pessoas que ligam para a tal linha de apoio ao cliente. Eu sou mais. E melhor. E profissional. E apaixonada.
Muitos beijinhos. 😘
Sem comentários:
Enviar um comentário